O
delegado José Renato Flores da Cunha foi preso, na tarde desta
quinta-feira (24), foi preso após ser denunciado pelo Ministério Público
do Estado da Bahia sob as acusações de prática de tortura, prevaricação
- que é um crime funcional, praticado por funcionário público contra a
Administração Pública e por abuso de autoridade.
A informação, divulgada com
exclusividade pelo programa Sociedade Alerta, da Rádio Sociedade e
apresentado por João Kalil, dá conta que José Renato atuava na cidade de
Nova Soure, que fica a 225km da capital baiana e que a prisão já foi
efetivada.
Em dezembro do ano passado, suspeito
de ter cometido os crimes acima, José Renato Flores da Cunha, havia
sido afastado de suas funções pela Justiça, que atendeu ao pedido
formulado pelo Ministério Público estadual, por meio do promotor de
Justiça Leonardo Quintans Coutinho. A decisão do juiz Marcelo Luiz
Santos Freitas teve caráter liminar e objetivou garantir a ordem pública
e a tranquilidade dos policiais e demais envolvidos no processo de
instrução criminal, vez que a Justiça considerou que, caso permanecesse
no cargo durante as investigações, o delegado suspenso poderia oferecer
perigo, constando na denúncia do MP indícios da prática de diversos
crimes relacionados ao exercício da função pública do denunciado.
A
decisão da Justiça levou em conta fatos relatados na denúncia do MP,
todos ocorridos com o delegado no poder e exercendo sua função pública.
No dia 25 de julho de 2012, José Renato Flores da Cunha teria autorizado
um candidato a vereador local a transportar, em seu veículo particular,
um preso custodiado na delegacia de polícia de Nova Soure até o Fórum
da cidade para que o detento lavrasse a certidão de nascimento do seu
filho. Outro registro revela que, em virtude de uma cobrança de aluguel,
o delegado teria conduzido um inquilino devedor para que fosse
torturado na delegacia, de modo a pagar o débito. Constam ainda da
denúncia ministerial, relatos de que o delegado teria se apropriado de
valores encontrados com um menor em conflito com a lei, que faria parte
de uma sociedade em uma empresa de segurança, e ainda que José Renato
Flores Cunha trataria as pessoas que procuravam a unidade policial sem
urbanidade ou respeito, havendo indícios ainda da prática de assédio
moral contra servidores da delegacia, bem como da prefeitura cedido para
trabalhar na unidade de polícia.
Fonte Carlino Souza
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