A Bahia se enfeita para os festejos juninos atraindo multidões para dançar o forró e aquecer a economia local

Dos 417 municípios baianos, cerca de 350 mantêm a tradição de festejar o São João. Isso comprova que a festa é a mais democrática em termos econômicos que o Carnaval, pois gera emprego e renda em praticamente todas as regiões. Em algumas cidades, onde o festejo é mais badalado, a população quase que triplica nos dias de arraiá na praça, levando as prefeituras a contratarem milhares de pessoas temporariamente, para garantir o sucesso da festa e fazer com que os visitantes retornem no ano seguinte.

É indiscutível o fato que os nordestinos fazem o melhor São João do Brasil. É durante o mês de junho que milhões de pessoas se divertem com as festividades que tem, como ingredientes muito forró, baião, xaxado, diversão, comidas típicas, brincadeiras juninas e eventos que mobilizam cidades inteiras e movimentam a economia, abrindo novas vertentes no ramo do comércio, da indústria e das atividades de serviços.

Hoje em dia, nas cidades que comemoram o São João, ainda se mantem a tradição das quadrilhas, dos jogos e das roupas juninas. Além disso, preservam, ainda, as brincadeiras como a cabra-cega, o quebra-pote e o pau-de-sebo, todos eles com grande participação da garotada. As noites de São João transformam a Bahia numa casa aberta para acolher a todos os visitantes para provar do licor de genipapo, do milho verde assado na hora e saborear a canjica da ceia, esquentar do frio no calor das fogueiras, participar das cantorias pelo sertão afora ou mesmo cair no forró porque ninguém é de ferro.

ESSÊNCIA – A maior festa regional do Brasil é realmente o São João da Bahia e, em sua essência, homenageia três importantes santos católicos: Santo Antonio (dia 13), São João (24) e São Pedro (29). Por habitar uma região árida, o povo do Nordeste, estimulado desde os primórdios da festa pela Igreja Católica, agradece anualmente a São João e a São Pedro pelas chuvas caídas nas lavouras. O ciclo de festas juninas foi aguardado pelas prefeituras e populações de seus municípios com boas possibilidades turísticas. Do extremo sul ao norte da Bahia, atravessando o coração da Chapada, todos cantam “chegou a hora da fogueira, é noite de São João”. As cidades se transformam em arraiais todos embandeirados, onde se revive o que há de mais enraizado na cultura popular.

“As comemorações de São João e dos demais santos reverenciados em junho simbolizam a força da religiosidade, das tradições e da cultura dos municípios baianos. É o momento em que o povo demonstra o resgate das suas manifestações folclóricas e a herança histórica dos seus antepassados. As festas juninas colaboram para manter acesa esta efervescência cultural, através de manifestações como o forró pé-de-serra, o xote, a quadrilha e tantas outras tradições tão bonitas de se ver. Tudo isto contribui para que o homem do interior exercite a sua cidadania e tenha orgulho da sua cidade. Desse modo, visando cada vez mais se unirem em projeto único, gestor municipal e o cidadão no desenvolvimento do município baiano”, informou o presidente da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria.

Fonte: UPB

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