Os policiais civis da Bahia irão paralisar as atividades por 24h nesta sexta-feira (28). A decisão foi aprovada pela categoria na manhã desta terça-feira (25) durante assembleia promovida pelo SINDPOC. O indicativo de paralisação foi deliberado na assembleia geral do funcionalismo público estadual no último dia 18, ocasião em que o presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado (AFPEB) Armando Campos parabenizou a diretoria do sindicato por se apresentar em todas as convocações de mobilizações de luta.
Na reunião os trabalhadores também aprovaram apresentar ao Governo do Estado um novo modelo de gestão voltado a Segurança Pública. Depois da exposição detalhada do projeto e do minucioso debate os servidores reconheceram que a ideia pode ser a saída para se construir um serviço de atendimento mais eficaz a sociedade.
“O ponto central da mudança está nas atividades fim e meio. Na atividade fim todos os cargos da Polícia Civil (delegados, investigadores, escrivães e peritos) devem estar envolvidos, de forma mais harmoniosa e muito mais articulada. Já a atividade meio diz respeito a quem gere a polícia, e isso pode ser feito por qualquer um que tenha capacidade para tal. Isto é, se o investigador fez curso de gestão, é formado em administração ou em outras especializações, ele pode dirigir o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), por exemplo. Ou o perito criminal administrar o DEPOM”, explicou o presidente do SINDPOC Marcos Maurício ao ressaltar que o objetivo da proposta é criar um ambiente que revele profissionalismo, que tenha mais eficácia e celeridade para atender a sociedade.
Ainda no encontro a categoria rechaçou a atitude da administração em tentar perseguir os policiais civis em duas situações: os que não quiseram trabalhar no Carnaval, e na questão da promoção, já que delegados titulares estão deixando de dar notas boas para o policial para que ele não seja promovido.
“Nesse momento o excesso de trabalho dos policiais civis durante o Carnaval e na sua escala ordinária aponta o limite de um regime escravo dentro da Bahia. E esse tipo de comportamento de, por não gostar do policial, os delegados não darem a nota que ele merece tem que ser abolido dentro da polícia. Temos que acabar com esse formato que hoje só presta para meia dúzia de pessoas”, observa Marcos Maurício.
Para conscientizar a população baiana sobre a atual conjuntura do sistema de segurança pública no Estado o SINDPOC irá promover uma grande campanha de mobilização, que tem como frase principal: Você está satisfeito com a segurança na Bahia? Eis a questão.
ASCOM SINDPOC

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